quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Duque de Caxias: Um dos líderes brasileiros no combate

Esta guerra durou seis anos; contudo, já no terceiro ano, o Brasil via-se em grandes dificuldades com a organização de sua tropa, pois além do inimigo, os soldados brasileiros tinham que lutar contra o falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as epidemias que os derrotavam na maioria das vezes. Diante deste quadro, Caxias foi chamado para liderar o exército brasileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou várias vitórias até chegar em Assunção no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada pelo Conde D`Eu (genro de D. Pedro II).


Aceitar o comando das forças militares brasileiras no Paraguai significou, para Caxias, um grande sacrifício pessoal. Afinal, aos 63 anos de idade, era, para os padrões da época, um ancião, que, após uma carreira de vitórias militares, atingira o posto máximo do generalato e, ainda, ocupava o cargo vitalício de Senador. Poderia ter permanecido confortavelmente no Rio de Janeiro, pois
nada tinha a ganhar, no plano pessoal, indo para a guerra. Ao contrário, ao aceitar comandar um exército que se encontrava desorganizado e desmoralizado após a derrota de Curupaiti, ele colocava em risco sua trajetória de vitórias militares; expunha-se às críticas dos seus adversários políticos – o que, de fato, ocorreu – e, devido à sua idade, arriscava a própria saúde nas duras condições climáticas e características físicas do território em que foi travada a guerra. Mas, afinal, comandar as tropas brasileiras, em circunstâncias tão delicadas, era uma missão à qual não se recusaria Caxias, cuja carreira estava identificada com o nascimento e a defesa do Império do Brasil.

O Marquês de Caxias assumiu o posto de comandante-em-chefe das Forças Brasileiras em 19 de novembro de 1866. No mês seguinte, em 22 de
dezembro, o comando da Esquadra foi transferido para Joaquim José Ignacio, Visconde de Inhaúma. O momento era difícil, pois o Exército aliado encontrava-se desarticulado – já que faltavam tropa pronta para o combate e recursos bélicos adequados – e alquebrado psicologicamente. Ademais, o marquês tinha de pôr fim às disputas militares e políticas entre seus oficiais, pois à época grande parte deles era partidarizada, adepta quer do Partido Liberal, quer do Conservador.


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